Senhora com hipotireoidismo

Hipotireoidismo no idoso: como realizar o diagnóstico e o tratamento

Se você está inserido na área da saúde, seja como estudante  em busca de aprimorar seus conhecimentos ou como profissional enfrentando desafios diários, sabe o quanto é importante estar atualizado e compreender as complexidades das condições médicas que afetam os pacientes, especialmente os idosos. 

O hipotireoidismo é uma dessas condições. Caracterizado pela produção insuficiente de hormônios tireoidianos pela glândula tireóide, o que pode resultar em uma série de sintomas debilitantes.

Neste artigo, você vai entender todas as causas do hipotireoidismo no idoso, aprender a identificar sinais, sintomas e acessar todos os passos para o diagnóstico e tratamento. 

Continue a leitura para desvendar todos os detalhes dessa condição que atinge grande parte da população idosa no Brasil

 

Panorama epidemiológico do Hipotireoidismo no Idoso

Durante a sua trajetória na área da saúde, você já deve ter se deparado com o hipotireoidismo. As causas são diversas, mas a tireoidite de Hashimoto é uma das principais vilãs. Nesse processo autoimune, o organismo ataca sua própria glândula tireóide, levando à sua deterioração progressiva. 

mecanismo hipotireoidismo

 

Mulheres têm uma predisposição maior devido a fatores hormonais, histórico familiar ou cirurgias anteriores.

 

Ilustração sobre hipotireoidismo

 

Segundo dados epidemiológicos, o hipotireoidismo não é uma condição incomum, especialmente entre os idosos. A prevalência de hipotireoidismo subclínico e clínico varia de 4% a 8%  (TSH elevado com T4 livre normal)  e de 0,3% a 1% (TSH elevado com T4 livre baixo), respectivamente, na população geral. 

Mas, para você, profissional da área da saúde, é fundamental estar ciente de que esses números aumentam significativamente entre os idosos. 

Por exemplo, entre os idosos de 65 a 74 anos, cerca de 10% dos homens e 16% das mulheres apresentam níveis elevados de TSH, enquanto aqueles com 75 anos ou mais exibem taxas ainda mais altas, com 16% dos homens e 21% das mulheres afetados.

 

TSH e TRH

O TSH (hormônio estimulante da tireoide) estimula a tireoide a secretar o hormônio tiroxina (T4), que é convertido em triiodotironina (T3), o hormônio ativo que estimula o metabolismo. 

Enquanto isso, o hipotálamo, localizado na base do cérebro, produz o hormônio tirotropina-estimulante (TRH), que estimula a hipófise a produzir TSH. Essa cascata hormonal é essencial para o funcionamento adequado da tireoide e do metabolismo do corpo. 

Leia também: O que são Redes de Atenção à Saúde e qual a sua importância? 

 

Passo a passo para identificação, diagnóstico e tratamento Hipotireoidismo no Idoso

Antes de adentrar nos detalhes do passo a passo, é importante destacar a relevância desse processo para profissionais da área da saúde. 

Reconhecer e tratar adequadamente essa condição em pacientes idosos é essencial para garantir sua qualidade de vida e bem-estar, pois podem desenvolver um hipotireoidismo subclínico, diagnosticável por exames, mesmo sem sintomas aparentes. 

Hipotireoidismo no idoso

Embora alguns prescritores acreditem que tratá-lo possa ajudar em condições como demência, estudos recentes sugerem que isso não beneficia pacientes acima de 65 anos, podendo aumentar a mortalidade. 

Quando não há queixas de hipotireoidismo, mas há outras condições, recomenda-se a orientação para que o paciente consulte um endocrinologista para avaliação mais detalhada.

Veja agora como identificar, diagnosticar e tratar o hipotireoidismo no idoso:

 

1. Identificação dos sinais e sintomas

O primeiro passo para abordar o hipotireoidismo no idoso é reconhecer os sinais e sintomas, que podem ser sutis e confundidos com o envelhecimento normal, entre eles estão:

  • Fadiga
  • Ganho de peso
  • Intolerância ao frio
  • Constipação 
  • Alterações de humor 

 

2. Exames laboratoriais adequados

Uma vez suspeitando do hipotireoidismo, exames laboratoriais são cruciais para confirmar o diagnóstico. O teste de TSH (hormônio estimulante da tireoide) é o padrão ouro para avaliar a função tireoidiana, enquanto o nível de T4 livre pode oferecer informações adicionais.

Médico

 

3. Abordagem personalizada de tratamento

Com o diagnóstico confirmado, o tratamento do hipotireoidismo no idoso requer uma abordagem personalizada. A reposição hormonal com levotiroxina, um medicamento sintético da hormona da tireoide, é frequentemente prescrita. 

No entanto, a dose inicial deve ser cuidadosamente ajustada, considerando a idade, comorbidades e outras medicações em uso.

 

4. Monitoramento regular e ajustes terapêuticos

O acompanhamento periódico é essencial para garantir uma resposta adequada ao tratamento. Exames de sangue regulares, juntamente com uma avaliação clínica cuidadosa, permitem ajustes na dose de levotiroxina, garantindo que os níveis tireoidianos permaneçam dentro da faixa alvo.

Entender sobre o passo a passo é fundamental para realizar o diagnóstico da forma mais assertiva.

Leia também: 6 cursos gratuitos para horas complementares em farmácia 

 

Pontos de atenção no tratamento do hipotireoidismo no idoso

A abordagem do hipotireoidismo em idosos requer uma compreensão profunda não apenas das causas e sintomas, mas também dos diversos fatores que podem influenciar o tratamento. Entre eles:

 

Terapia de reposição de estrogênio em mulheres pós-menopausa

Mulheres na pós-menopausa em terapia de reposição de estrogênio podem precisar de doses maiores de tiroxina devido ao aumento da produção de globulina de ligação à tireoide (TBG), reduzindo assim a fração livre do hormônio e impactando sua função.

 

Uso de esteroides androgênicos

Esteróides androgênicos, como a fluoximesterona, podem exigir doses menores de tiroxina, mesmo em casos de tratamento do câncer de mama, devido à redução na produção de TBG e ao aumento da fração livre do hormônio tireoidiano.

 

Interferência de medicamentos

Medicamentos como fenitoína, carbamazepina, fenobarbital ou rifampicina podem acelerar o metabolismo da tiroxina, exigindo possível ajuste na dose de levotiroxina em pacientes com hipotireoidismo em tratamento.

 

Impacto da biotina em análises laboratoriais

A biotina pode causar resultados laboratoriais falsos, simulando hipertireoidismo ou até mesmo hipotireoidismo, dependendo do kit laboratorial utilizado, afetando assim a interpretação dos resultados clínicos.

Compreender esses pontos é essencial para garantir um tratamento eficaz e seguro do hipotireoidismo em pacientes idosos.

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Ao concluir a leitura deste conteúdo, esperamos ter fornecido a você, estudante ou profissional da área da saúde, um guia útil e informativo sobre o hipotireoidismo no idoso. 

Capacitar-se para lidar com essa condição é essencial para profissionais e estudantes da área da saúde interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre tratamento medicamentoso do hipotireoidismo em idosos.

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Leia também: Empreendedorismo farmacêutico: o que é e por onde começar? 

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